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Neurociência cognitiva

Conteúdo organizado por Deborah Costa do livro Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It, publicado em 2010 por Nicholas Brealey. Atualizado em 2022.

Neurociência cognitiva

Objetivos de Aprendizagem

Introdução

Você já pensou em como o cérebro funciona e processa as informações que recebe ou como arquiva as informações na memória? Já imaginou como essa ação se reflete no comportamento, no aprendizado e na vida? A Neurociência responde essas e outras perguntas, uma vez que seus estudos voltam-se para o sistema nervoso e, dessa forma, compreendem a maneira pela qual um indivíduo processa as informações adquiridas pelo ambiente, reage e as transforma em aprendizado, realizando as mais diversas tarefas sensoriais e motoras. Com base nisso, “é possível definir estratégias assertivas de ensino, o que garante à pessoa, uma melhor absorção do conteúdo que transforma em novas aprendizagens” (Marques, 2017, [s.p.]).

De acordo com o portal NeuroSaber ([s.d.], [s.p.]), “A neurociência abrange muitas áreas do conhecimento, a partir do momento em que o cérebro se torna o foco em comum de todas as neurociências; e como tudo em nossa vida se relaciona ao cérebro, essa multidisciplinaridade é plenamente justificável”.

É possível dividir a Neurociência em cinco grandes grupos, descritos a seguir com base no que diz Moreira (2012, [s.p.]):

1. Neurociência molecular, neuroquímica ou neurobiologia molecular: ramo da neurociência responsável pelo estudo de moléculas que têm importância funcional e suas possíveis interações no sistema nervoso;

2. Neurociência celular, neurocitologia ou neurobiologia celular: esta área estuda as células que compõem o sistema nervoso, suas estruturas e funções;

3. Neurociência sistêmica, neurofisiologia, neuro-histologia ou neuroanatomia: estuda as possíveis ligações entre os nervos do cérebro (chamadas de vias) e diferentes regiões periféricas. São também considerados os grupos celulares situados nessas vias;

4. Neurociência comportamental, psicobiologia ou psicofisiologia: estuda as estruturas que estão relacionadas ao comportamento ou a fenômenos como ansiedade, depressão, sono entre outros comportamentos;

5. Neurociência cognitiva ou neuropsicologia: trata de todas as capacidades mentais relacionadas à inteligência como a linguagem, memória, autoconsciência, percepção, atenção, aprendizado entre outras (adaptado de Lent, 2010, p. 6).

Nosso foco de discussão neste tema é a Neurociência cognitiva, uma das subdivisões da Neurociência cujo objetivo é “o estudo a respeito das capacidades mentais do ser humano, como por exemplo, [o] pensamento, aprendizado, inteligência, memória, linguagem e percepção” (Marques, 2017, [s.p.]).

Com base nisso, as sensações e a percepção do indivíduo são o que norteia os estudos da Neurociência Cognitiva [e mostram como uma pessoa adquire] conhecimento a partir das experiências sensoriais a que é submetida; uma música, um aroma, o gosto de uma comida, uma imagem ou uma sensação corporal, tudo isso engloba as experiências sensoriais e são elas as responsáveis por captar os dados do ambiente e levá-las ao cérebro.

Verifica-se então, que a neurociência cognitiva não diz respeito apenas ao sistema nervoso, mas às experiências sensoriais adquiridas ao longo da vida que são processadas pelo e no cérebro.

A atividade cerebral em crianças, adolescentes e adultos, durante a realização de tarefas cognitivas, ativa circuitos neuronais durante seu funcionamento, os quais são apropriados para gerar as capacidades intelectuais humanas, como linguagem, criatividade, raciocínio (Rocha & Rocha, 2000).

A ciência da aprendizagem e da educação

Vivemos a era do conhecimento, na qual os recursos tecnológicos têm mudado a forma de ensinar e aprender. Em contrapartida, a Neurociência mostra que o cérebro é uma “máquina” fantástica capaz de fazer qualquer coisa se for bem utilizado e estimulado.

É importante notar que o processo cognitivo evolui. Segundo Eliot (1999) com o passar do tempo, amadurecemos e aperfeiçoamos a interpretação do ambiente o que nos permite melhorar sa tomadas de decisões, baseadas em informações.

Esse fato justifica a necessidade de compreensão e conhecimento acerca de como o cérebro funciona. Qual é a melhor forma de estimulá-lo e despertar seu potencial? Quais estratégias possibilitam maior desenvolvimento cognitivo? O que de fato é melhor e mais favorável para a aprendizagem?

Estudos apontam que, quanto maiores forem a quantidade e a qualidade de estímulos oferecidos ao aluno, mais eficiente será seu cérebro. Portanto, é preciso apostar em recursos variados, atividades diversificadas e prazerosas, metodologias dinâmicas, conteúdos bem trabalhados e adequados ao perfil do aluno e às diferentes maneiras que o aluno prefere aprender. É importante também haver estímulo de propostas desafiantes e estratégias que garantam o desenvolvimento do seu potencial cognitivo.

Isso é necessário porque oferecer situações de aprendizagem, experiências ricas e atividades intelectuais promove a plasticidade cerebral e, como consequência disso, a inteligência. Observe como é possível adotar a neurociência em práticas junto aos estudantes:

Quadro 1 - Princípios da Neurociência x Práticas com estudantes

Fonte: Adaptado de Rushton & Larkin, 2001; Rushton et al., 2003.

Cámaras fotográficas: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Saiba Mais

Conceitos fundamentais

Neurociência cognitiva: é o estudo científico do sistema nervoso. Tradicionalmente, a neurociência tem sido vista como um ramo da biologia. Entretanto, atualmente ela é uma ciência interdisciplinar que colabora com outros campos, como educação, química, ciência da computação, engenharia, antropologia, linguística, matemática, medicina e disciplinas afins, filosofia, física, comunicação e psicologia.

Plasticidade cerebral: a neuroplasticidade, ou plasticidade neural, permite que os neurônios se regenerem tanto anatômica quanto funcionalmente, que formem novas conexões sinápticas. A plasticidade cerebral, ou neuroplasticidade, é a habilidade do cérebro para se recuperar e reestruturar.

Materiais complementares

Quer saber mais sobre o que estudamos? Então, acesse o conteúdo dos links a seguir:

1.“Neurociência e os processos educativos: um saber necessário na formação de professores”. Disponível em: <https://bit.ly/3rm3hfp>. Acessado em 20 de maio de 2024

2.“Neurociências e educação: Realidade ou ficção?”. Disponível em: <https://bit.ly/49n2we>. Acessado em 20 de maio de 2024

Em resumo

Com base nos estudos da Neurociência cognitiva sobre a memória, os pensamentos e as formas de aprendizado, é possível entender que a aprendizagem e a educação estão intimamente ligados ao desenvolvimento do cérebro que se configura segundo os estímulos do ambiente (Fischer & Rose, 1998).

Na ponta da língua

Referências
Bibliográficas

Eliot, L. (1999). What’s going on in there?-How the brain and mind develop in the first five years of life. New York, NY: Bantan Books.

Fischer, K. W., Rose, S. P. (1998). Growth cycles of the brain and mind. Educational Leadership, 56(3):56-60

Lent, R. (2010) Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu.

Marques, J.R. (2017). Neurociência Cognitiva: a Ciência do Aprendizado e da Educação. Instituto Brasileiro de Coaching.

Moreira, D. M. (2012). Neurociência. InfoEscola. Disponível em: <https://bit.ly/82fg7h>. Acessado em 20 de maio de 2024

NEUROSABER. O que é Neurociência? S.d. Disponível em: <https://bit.ly/17q5hr>. Acessado em 20 de maio de 2024

Rocha, A. F., Rocha, M. T. (2000). O cérebro na Escola. Jundiaí, SP: EINA.

Rushton, S. P., Eitelgeorge, J., Zickafoose, R. (2003). Connecting Brian Cambourne’s conditions of learning theory to brain/mind principles: implications for early childhood educators. Early Childhood Education Journal, 31(1):11-21.

Rushton, S., Larkin, E. (2001). Shaping the learning environment: connecting developmentally appropriate practices to brain research. Early Childhood Education Journal, 29(1):25-33.

Watson, R. (2010). Future minds: how the digital age is changing our minds, why this matters, and what we can do about it. London/Boston: Nicholas Brealey Publishing.

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Neurociência cognitiva

LIVRO DE REFERÊNCIA:

Future Minds: How the Digital Age is Changing Our Minds, Why this Matters, and What We Can Do About It

Richard Watson

Nicholas Brealey Publishing © 2010

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